Passados alguns anos, inesperadamente, mas sem ser por acaso, encontram-se numa longínqua e desconhecida cratera chamada Moita, algures em Portugal, país admirado em todo o Cosmos, desde as primeiras aparições dos discos solares em Fátima.
Depois de viagens interplanetárias por mundos musicais alternativos e decadentes, os 5 Cavaleiros das Estrelas, aterram a sua nave espacial no ano 2005. Após alguns encontros imediatos com os habitantes daquele buraco inóspito, observam que seria interessante tocar a sua música neste Planeta.
Assim, fartos do deserto cultural daquela villa do western lusitano, aprendem a língua local, varrem o pó, afastam as moscas tsé-tsé, pisam os escorpiões e as cobras venenosas, enviando uma mensagem alternativa que avança à velocidade da luz por todo o universo: “Afinal há vida. É habitado. Deviam ter enviado um poeta. Entretanto, alguém do outro lado do Mundo recebe e percebe a mensagem e diz: Eles não enviaram poetas, enviaram NERVO.”
Começam então a comunicar as descobertas para o novo milénio. Afinal o rock não morreu, está bem vivo! Em todas as galáxias habitadas só se fala nisso. As suas influências são toda a música desde as primeiras emissões radiofónicas do planeta Terra; são os tambores das selvas de África, a electricidade e a cinzenta nuvem ácida, o som das ondas gigantes no mar, o microondas e as pipocas a queimar, o rádio a pilhas em AM sintonizando rádios marroquinas, as guitarras eléctricas, bombos e concertinas, o pouca-terra-pouca-terra dos comboios, a raiva e o sangue nos olhos de alguém, o vruuummm do avião, o skate a “slidar” no alcatrão, o nervo atrofiado, o batimento do coração... Estas ondas electromagnéticas espalharam-se pelo universo penetrando nas várias dimensões paralelas, influenciando assim o critério e estética musical dos Nervo.
Os Nervo são Sérgio Franco, voz, Pedro Teixeira e Derek Anthony, guitarras, Paulo Ganzax, baixo, e Pedro Varruka, bateria.
Sem comentários:
Enviar um comentário